Alusivamente, escrevi e li, para o momento o seguinte:
ASSALTANTES
O SETE, aquele número
misterioso,
Dá para tudo!
Para as sete virtudes,
Os sete pecados mortais,
Para as sete saias,
Os sete anões,
Os sete dias da semana,
Para pintar o sete,
O sete e meio,
Os sete mares…
Os sete mares,
Espiados por assaltantes
De navios, carregados com as riquezas
Que arrancadas das terras
colonizadas,
Eram transportadas
Para as capitais dos Impérios.
Os assaltantes, esses, eram de
dois tipos.
Uns trabalhavam por conta própria,
Embora com colaboradores.
Ou seja, praticavam já
Uma espécie de
empreendedorismo,
Unipessoal, guardando para si,
E para os seus acompanhantes,
A totalidade do produto dos
assaltos,
Aos navios que lhes passavam a
jeito,
E procediam à repartição dos
lucros
Segundo o secular principio,
De que “quem parte e reparte
E não fica com a melhor parte,
Ou é parvo, ou não tem arte”.
E esses eram chamados Piratas,
Com ou sem olho de vidro,
Com ou sem perna de pau
Com ou sem cara de mau…
Os outros assaltantes,
Mais sofisticados,
E com protecção legal,
Regalias sociais e reformas
garantidas,
Estavam ao serviço
De um, ou de mais dirigentes
De impérios concorrentes.
Os tesouros dos navios,
Por encomenda específica,
Para enfraquecer o poderio
Dos donos dos impérios
a que se destinavam
Os tesouros roubados
Dos navios assaltados…
E entregavam-nos aos donos dos
impérios
Que os contratavam,
Que lhes pagavam generosas recompensas,
E lhes atribuíam títulos
honoríficos.
E estes eram os Corsários.
Actualmente, continua a haver
Piratas e Corsários.
São é conhecidos por outros
nomes,
Que me dispenso de indicar.