CAFÉ POEMA - A LUA
UM AMOR IMPOSSIVEL
Eu giro ansiosamente à tua volta
Todos os meses dou a volta inteira
À espera de te ouvir dizer
Para ir ter contigo!
Mas não! Vens com a desculpa
Das leis da física,
E que não pode ser!
E onde é que isto ia parar?
Mas eu sei muito bem
Qual é o teu problema
Tu tens é a mania das grandezas
E andas para aí às voltas ao Sol!
Mas o Sol tem mais que fazer
Do que estar interessado em ti
Quando tem tantos planetas
Que também não o largam!
Lá porque tens a mania
Que só tu é que tens vida inteligente!
Sabe-se lá se isso é verdade?
E mesmo que fosse?
Achas que o Sol te ia escolher,
Com esse tamanhinho,
Quando andam à volta dele
Uns planetas bem matulões?
Já eu, bem sei que sou pequeno
Mas estou aqui mesmo a jeito…
Porque é que não podemos
Quebrar as leis da Física?
Sei que a nossa atracção é mútua
É só eu parar um bocadinho
E zaz! Entro logo por ti a dentro!
Oh Terra, diz lá que sim à tua Lua!
Eduardo Martins
Carcavelos, Maio 2011
CAFÉ POEMA - A LUA
SEMPRE NA LUA
Dizes que estou sempre na Lua
E que não ligo ao que se passa cá na Terra
É mais outra das tuas contradições!
Se eu estou na Lua, não estou cá em baixo!
Dizes que estou sempre distraído,
Que deixo tudo por fazer,
Mais uma vez não é verdade!
Eu ando a resolver os problemas deste mundo!
Qual é a importância
Da roupa espalhada no chão
Quando estou quase, quase
A descobrir o movimento perpétuo!
Quando só me falta pôr a trabalhar,
(É mesmo, mesmo só o que falta!)
Um comboio com motor a ar não poluído,
E tu preocupada com a loiça do jantar toda suja!
Estás sempre a dizer mal de mim!
Que ando sempre na Lua!
Que não tenho os pés assentes na terra!
Que não tenho um emprego como toda a gente!
Toda a gente, toda a gente!
Cada vez há mais desempregados!
E esses em vez de andarem para aí nos Centros de Emprego,
Deviam era fazer coisas úteis, como eu faço!
Eduardo Martins
Carcavelos, Maio 2011
noite fora descubro a escrita - boa ! abraço -
ResponderEliminarcarlos peres feio -
Ora seja vocência muito bem vindo à confraria dos insones.
ResponderEliminarLetra a letra se vai escrevendo uma vida... ou várias, que por aqui não há dessas limitações nem de tempo nem de espaço.
E se gosto de te ouvir dizer as tuas coisas, não desgosto, depois, do que me é dado a ler.
Ficou, pois, a blogosfera e nós todos mais ricos. E vais já para a minha lista de referências, que é por causa das moscas...
Felicidades por cá, são os meus votos.
Gosto bastante de ouvir o que tens lido nas sessões em que tenho estado presente, a ironia e a tua boa disposição são das coisas que gosto de ouvir, dá-me gozo :))).
ResponderEliminarContinua eu vou ouvindo e lendo e até :)))
Lourdes
Parabéns pelo blog. Mais um empurrão nas "Letras", palavras a fluirem como as cerejas prometem ....
ResponderEliminarAna Freitas
Meu caro apanhador de cerejas, aqui vai uma palavra de incentivo, mas por favor vai devagarinho porque apanhar cerejas dá cabo das costas a que tem hérnias lombares e queremos que este blog dure mais do que " O tempo das cerejas"
ResponderEliminarda amante de cerejas
Amigo Eduardo
ResponderEliminarFoi com enorme prazer
Não com grande surpresa
Hoje p´rá sobremesa
tive o gosto de te ler
A vida é mesmo assim
Leva-nos o que pode
Se puder inda nos " f "
Mas deixa o melhor pró fim
Revelou-me um amigo
com alma de poeta
e nessa eu estou contigo
Veloz como uma seta
vou ver sinda consigo
dizer o verso á caneta.
Bj. Guida
Oh Guida "de" Maldonado!
ResponderEliminarAgradeço o Comentário
Mas não era necessário
Vir em soneto rimado!
Mas se também te revelas
nos poemas que versejas,
palavras como as cerejas,
venham cá, vamos a elas!
Quando me dá para rimar
À caneta eu não dou uso
nem ao lápis por afiar,
Vou a correr, sei que abuso
para o computador usar,
e o texto sai confuso...
Eduardo
Continuando a versejar
ResponderEliminarSempre te digo ó amigo
Ninguem se meta contigo
Quando se trata de rimar
E como dizes tão bem
Palavras como as cerejas
Mando mais para que vejas
Que atrás duma outra vem
Como tu escrevi na hora
e o computador usei
deitando a caneta fora
Nem uma cereja papei
destas que te mando aqui
todas para ti guardei.
Guida
7 de Junho, 2011
Não sei onde é que isto vai
ResponderEliminara continuarmos assim
a rimação não tem fim
soneto vem, outro atrai
Palavras como as cerejas
Porque se seguem assim?
Mas tudo terá um fim,
nem sempre como desejas
Com o soneto a acabar
e eu quase a ir-me embora
dei por mim a reparar
que deitaste a regra fora,
a rima foste quebrar,
puseste aqui, não agora...
Soneto após soneto
ResponderEliminarJá me cheira a desgarrada.
De dois passa a terceto
Se eu não fizer asneirada.
Eu não sou bom rimador.
-P'ra isso é preciso jeito-
Sou melhor em prosador
Porem este desafio aceito.
Mas agora à rasca já estou,
O que dizer, já não sei...
(Estou pior que a geração!)
A poética veia acabou
E então, por hoje acabei
A minha contribuíção.