palavrascomoascerejas
quarta-feira, 27 de maio de 2015
segunda-feira, 23 de março de 2015
PROVA DE VIDA
Um período de gestação de quase catorze meses, em que as palavras, com ou sem cerejas, andaram por outros suportes, fizeram-me quase esquecer como é que se "enfiava" um texto no blog... Vamos a ver se isto aparece...
Um período de gestação de quase catorze meses, em que as palavras, com ou sem cerejas, andaram por outros suportes, fizeram-me quase esquecer como é que se "enfiava" um texto no blog... Vamos a ver se isto aparece...
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
EM FEVEREIRO, DEPOIS DAS CHUVAS, VENTOS E MARÉS
Tenho andado a publicar algumas palavras por outras bandas (leia-se "Facebook"), mas hoje, para aí quase quatro meses depois, resolvi "enfiar" aqui a minha mais recente produção dita poética...
A jovem pintora Ana Camilo, convidou um grupo de amigos das "poesias", para participarem numa das sessões a realizar durante a sua Exposição na Junta de Freguesia do Estoril.
Aqui vai a minha participação:
Para as "Noites Com Poemas", para a sessão de Dezembro, Um Poema "Natalício"...
Cinco dedos tem a mão,
Eduardo Martins
Também nas margens do Rio Sorraia, em dia de tempestade, em Plena Vila de Coruche, e celebrando-se a Lusofonia, escrevi assim:
A jovem pintora Ana Camilo, convidou um grupo de amigos das "poesias", para participarem numa das sessões a realizar durante a sua Exposição na Junta de Freguesia do Estoril.
Aqui vai a minha participação:
A
POESIA E A PINTURA
Poesia e Pintura:
Venho aqui, modéstia à
parte,
Para mostrar e
demonstrar,
As coisas comuns que
têm,
Estas duas formas de
arte:
Ambas começam por P;
Têm I no interior, e
acabam
Ambas com A.
Eu bem sei que a Pintura
É maior, é mais crescida
Com as sete letras que
tem;
É mais nova a Poesia:
Só seis letrinhas contém…
Também venho aqui dizer,
Quem é que apareceu
primeiro,
Sem passar pela
adivinha,
Do ovo ou da galinha:
A Pintura foi a
primeira,
Feita em grutas e
rochedos,
E a poesia, coitada,
Só podia ser falada,
E vá lá, também cantada,
E foi assim que ficou,
Pela memória relembrada,
Enquanto a escrita não
chegou…
Eduardo
Martins
Carcavelos, 24
de Outubro de 2013
UMA
HISTÓRIA EM TÍTULOS DE PINTURAS
Em 2004, numa noite
iluminada,
Nasceu o Luar, cuja luz foi prolongada,
Até Renascer em Ascensão,
Transformando-se num Dado,
Cujo maior Desejo era ser uma Miragem,
Revelando Segredos, Suspensos,
Em forma de Circulo Imperfeito,
Cujo Regressu, à Marginal,
Exalando um Perfume de Amor,
Anunciava um Tempo de Mudança,
Pleno de Fábulas, sobre
A Fonte do Desejo,
Onde se ouvia a Tentação
Sussurrante, soprar:
“Libertate”!
Então, desfazendo o Puzle dos Bigamus
Emergiu a Dama que,
Embora seguindo para a
porta,
Com a indicação Exit.
Por Momentos, parou,
E divagou o Olhar,
Até se fixar num Vitral,
Através do qual,
Se pressentia um
viajante,
Com uma mala,
E com tradução
simultânea
Em Francês: - (Voyageur)
De cujos Olhos caia uma Lácrima…
Que alagou de talento
O ano da Ana de 2013…
Eduardo
Martins
Carcavelos,
28 de Outubro de 2013
15 ANOS DE PINTURAS
EM TELAS E POEMAS
Sabemos que há opiniões
bem diferentes,
Sobre as categorias dos vários
ingredientes,
E sobre as percentagens
permanecentes
Para obter como
resultados finais
Objectos com qualidades artísticas
tais,
Que sejam apelativos e
também originais.
Fala-se de Vocação, Génio,
Talento,
De Revelação, ou Inspiração
Mas também é preciso ter
tento,
Porque sem usar a Técnica
e sem Experimentação,
(Que dão trabalho e fazem
transpirar…),
A melhor ideia, pouco
aprofundada,
Voa logo, leve com o
vento,
Para a terra dos sonhos
por concretizar…
Se para se escrever,
É preciso saber ler,
Para se poder escrever
bem
Deve-se ler muito
também.
Ler muito e atentamente
O que escreveram autores
Antigos e do presente,
Porque ao lê-los com
atenção,
Se entende a intenção
Com que foram idealizadas,
E depois realizadas,
Tais escritas monumentais,
Belezas intemporais,
Que devem ser homenageadas,
E com justiça relembradas,
Com toda a veneração,
Pelos escritores actuais.
Não é preciso saber ler
Para se poder pintar…
Mas para se pintar bem,
Também se deve saber
ler,
E ler com olhos de ver,
Os quadros daqueles
pintores,
Dos Clássicos aos
Actuais
Alguns de que se gosta
mais,
Românticos ou Realistas,
Impressionistas, ou
Surreais,
Cubistas ou Abstractos,
Da Pop-Art, ou Hiper-Reais,
Aqueles Pintores,
especiais,
De quem se aprecia o
rigor,
A textura, a técnica, a
cor,
O tema, a inovação,
E a grande imaginação…
Olhando para uma
pintura,
Ou para uma reprodução,
O pintor principiante
Sente uma revelação:
É assim que eu quero
pintar,
É assim que quero fazer!
E é sempre influenciado,
Sem por vezes se dar
conta.
Fica assim explicado,
Porque é que é tão
vulgar,
Que as primeiras obras
feitas,
Por quem está a começar,
Dêem mais ou menos ares,
De algo que já se viu,
Implícita homenagem,
Ao pintor que se admira,
Deixando assim bem
patente,
Quem foi que o inspirou,
E o incitou a mais
trabalho,
Mais rigor e perfeição
E mais criatividade,
Em busca do seu caminho
pessoal…
E transmissível.
Eduardo Martins
Carcavelos, 7
de Novembro de 2013
Por essa altura do ano, de 2013, também estava para participar numa Tertúlia na Parede, designada "CULTURANOMURO". E aí, não pude ir por motivos "Bronco-pneumáticos"...
Mas já tinha feito o "Trabalho de casa", que é este:
CULTURANOMURO
PARA
QUE SERVEM OS MUROS?
Quando
um muro é erguido,
É
mais que certo e sabido
Que
nunca é para unir.
É
sempre para impedir
Alguém
de entrar, ou sair:
De
entrar no que é privado,
E
pelo dono registado
Como
sua propriedade!
Aí
não há liberdade
Para
ir à fruta na quinta,
Ou
tirar quadros, tesouros,
Ou
outros bens duradouros
Daquela
mansão distinta!
Ou
de sair da prisão,
Onde
está por roubar pão,
Ou
outros bens essenciais,
Ou
então, (já faltou mais!),
Por
defender ideais
Contrários
aos da governança,
Que
a pés juntos afiança,
Que
o futuro chegará,
Logo
após o solstício,
Que
marca sempre o início
Do
inverno que virá…
Se
o muro foi edificado,
E
está ali para evitar
Que
alguém o possa passar,
E
se a cultura está no muro,
Para
que seja divulgada,
E
passada para o outro lado,
Ou
se faz no muro um furo,
Ou
se passa por escalada…
Mas…
com o muro construído,
E
a cultura encostada,
Esperando
pela passagem,
Porque
não se destrói o muro?
Deixo
aqui esta mensagem.
Eduardo
Martins
Carcavelos,
29 de Outubro de 2013
NATAL É O QUE UM
POEMA TROUXER
P.O.E.M.A.
NA TAL palavra P.O.E.M.A.
não devia haver lugar
para esta gentinha:
Políticos
sem memória;
Oportunistas
desumanos;
Economistas
incompetentes;
Mentirosos
compulsivos;
Aldrabões
de feira da ladra…
Mas NA TAL situação
em que estamos,
seria bom,
que em vez destes,
que têm mostrado
aquilo que valem,
houvesse lugar
para outros:
Pobres;
Ostracizados;
Escorraçados;
Maltratados;
Abandonados…
Porque se NATAL
É o que um Poema trouxer,
Também é sempre
Que UM homem quiser!
Há no entanto
Muitos outros que não querem…
E por este andar,
Neste Natal,
Se nada formos capazes de mudar,
A tal gentinha,
Tudo continuará a fazer,
Para que o NATAL
Seja bem triste…
Eduardo
Martins
Carcavelos,
18 de Dezembro de 2013
Também nas "Noites com Poemas" do mês de Janeiro de 2014, participei com o seguinte:
VIDAS,
DOUTRINAS E SENTENÇAS DE PRÉ –SOCRÁTICOS ILUSTRES
OUTROS
PRÉ - SOCRÁTICOS
Quanto às Vidas…
Pelo menos partes delas
São mais ou menos
públicas;
Doutrinas, passaram por
muitas…
A fascista, a corporativista,
A católica apostólica,
A católica progressista,
A maçónica, a socialista,
A opus –deista,
A social-democrata,
A tecnocrata,
A marxista, a comunista,
A maoista, a
oportunista…
Sentenças, além das que
debitavam
No exercício das suas
funções,
Poucas ou nenhumas,
Contra si foram
pronunciadas,
Pelo vários tribunais,
Organicamente
constituídos,
Porque pela justiça dita
popular,
Todos foram condenados,
Cada um à sua maneira,
E à medida das suas
actuações…
É melhor não relembrar,
Os nomes destes Pré –Socráticos,
Não vão para aí surgir,
Novas condenações populares,
Colectivas ou
individuais…
Ilustres… foram e ainda
serão,
A maior parte das vezes por
motivos
Que não trazem boas
recordações…
Não fazendo futurologia,
Mas olhando apenas o
presente,
Dos Pós – Socráticos
actuais
Também as Vidas, as Doutrinas
E as Sentenças…
Deixam muito a desejar…
Eduardo
Martins
Carcavelos,
17 de Janeiro de 2014
Para Coruche, para a sessão de Janeiro de 2014, de "Um Poema na Vila", em que foi convidado o Professor José d'Encarnação, foi esta minha contribuição para a "Poesia Popular"...
UM POEMA NA VILA
DA POESIA POPULAR
Ouvido atentamente
O tema apresentado,
Acompanhado previamente
Por texto referenciado
E antes já publicado
Como “Nota e Comentário”
Surgindo como sumário
Daquilo que hoje foi dito
Acerca da Poesia
Daquela, da Popular,
Que ainda agora, hoje em dia
Nos consegue admirar,
Contando-nos coisas tais,
Antes ditas pelos jograis,
Quando não havia jornais,
E televisão nem pensar,
Deixou-me a mim a cismar:
“Porque não aproveitar
Esta onda popular,
Para vir divulgar aqui,
Em frente de todos vós
A mensagem que escrevi,
Cheio de orgulho e carinho
Para o Gustavo meu netinho,
Pela prestação escolar,
Corrida “a cincos” em tudo!
Mas porém, todavia, contudo,
Ainda joga futebol,
Ou joga computador,
E haja chuva, ou faça sol,
Lê livros com muito amor...
OS CINCOS DO GUSTAVO NA ESCOLA
Contados por todos nós,
Mas lá para os lados de Olhão,
O Gu outros cincos tem,
Deixando cheios de orgulhos
Avós, o Pai e a Mãe!
E para não causar engulhos,
E acabar com esta treta
Em verso, e sem ser em prosa,
Até a mana Violeta
Também ficou orgulhosa...
12 de Janeiro de 2014
LUSOFONIA - A LÍNGUA PORTUGUESA NA DIVERSIDADE CULTURAL
A LINGUA PORTUGUESA
O Fernando Pessoa,
Sempre proclamou
Que a Pátria dele
Era a Língua Portuguesa.
E assim, se sentia ele,
Trans-Continental
Mundial, Universal…
Com
novas tecnologias,
Impensáveis
no seu tempo,
Contactamos
os locais
Que
são a Pátria da Língua Portuguesa,
E
assim sentimos, (vendo, ouvindo e lendo)
O
que vai acontecendo
Em
sítios bastante reais…
(Quanto
ao gosto, olfacto ou tacto…
Ainda
se sentem mal
Quando
em modo virtual…)
Mas
em modo mais real,
Em
contacto com outras línguas,
A
nossa língua, a portuguesa,
(E
os corpos que a contornam…),
Desde
sempre deram cartas…
Sejam
as de marear, jogar,
Namorar,
acasalar…
(E
muitas vezes até,
Depois
de seduzir, fugir…)
Mas
os resultados ficaram
Pelos
sítios até onde
As
lusas gentes chegaram…
Praticando
aí a Física
E
a Química dos corpos…
E
as Artes Visuais,
As
Tácteis, e as Linguais…
E assim,
com sotaques diferentes,
Com
achegas bem locais,
De
dolências variadas,
De
cândidas sensualidades,
Com
a Língua Portuguesa
Nos
fomos e temos entendido…
Até
que umas luminárias,
Desejosas
de mais brilho,
Inventaram
um sarilho:
A
rasoira linguística,
Surgida
para nivelar,
Todo
o luso linguajar,
No
falar e no escrever,
Nos
sete cantos do mundo:
Novo
Acordo Ortográfico,
É
o nome que lhe foi dado,
Rimando
com pornográfico,
Porque
esta “Novi-Luso-Língua”
Era
imposta por decretos,
E
esquecia os dialectos,
E
as palavras bem locais,
E
os modos de as dizer,
E
sobretudo escrever,
Tornando-as
todas iguais…
Mas
muito pouco sensuais…
Porque
foram os sotaques,
Os
sinais, a semiótica,
Adoptados
pelos locais,
Com
achegas tropicais
Que tornam a língua erótica,
Esta
língua que usamos,
De
um modo tão natural,
Neste
imenso Portugal,
De
falantes e escreventes
Luso
– Língua - Resistentes,
De
aquém e além-mar…
Eduardo
Martins
Carcavelos,
9 de Fevereiro de 2014
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